segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Transformar é transcender - Morte e Renascimento

    Em uma retrospectiva de 2014, posso dizer que tem sido uma época difícil, de transição, onde reina o fogo transformador. Conforme trabalho minha espiritualidade me descubro uma nova pessoa, o tempo todo. Por hora parece complicado lidar com certos apegos, mas minha mãe e o pai divino me ajudam e a cada dia que se passa eu tenho mais amor e fé. As vezes eu caio, dói um pouquinho, mas é porque eu ainda to aprendendo a andar, logo sara!

"Todo cura, todo sana, todo tiene medicina dentro"

    O universo é divino! Gratidão a todos que estão ao meu lado neste processo, são anjos iluminando a minha vida, anjos que vieram me ajudar a encontrar minhas sandálias e seguir o meu caminho. Nós estamos aprendendo, aqui na terra somos todos crianças.
    Neste natal, gostaria de dizer que o verdadeiro presente Jesus nos dá, sua energia, que propaga o perdão e a misericórdia, se assim o aceitarmos. Este é o primeiro Natal, no qual me preparei internamente para aceita-lo e este é o meu presente! Ensinamentos, que eu ganhei dos deuses para acalmar meu coração. Sinto então, mais forte do que nunca o lema que me foi passado: Transformar é florescer, transcender. Permitir! Sensibilizar!
E este lema só me afirma novamente em meu caminho. O papel da arte é sensibilizar, esse é um dos modos de fazer uma alma vibrar melhor. Sensibilizando-a. Não somos apenas matéria, somos vida e cuidamos uns dos outros. Essa é a nossa jornada. Eu só sei! Cristo está em meu coração.
Como ouvi uma vez de um devoto de Krishna:

"O dharma da água é molhar, o nosso é amar a Deus"

Só que ele tem que caber em nós, por isso estamos aqui, para nos limpar e permitir que ele aja através de nós. Só tem que permitir, Deus é tão bom que respeita a nossa vontade, o nosso livre arbítrio. Porém, ele nos perdoa por tudo, se nós o amarmos.
    Comecei minha jornada tendo que dominar meus medos e bloqueios, parar de olhar o tamanho da escada e subir logo os degraus. Como uma típica capricorniana às vezes sou meio cabeça dura, mas com uma boa lua em câncer, tenho um coração capaz de abraçar todo planeta. E neste solstício de verão pedi a ajuda dos elementais da água na minha jornada. Afinal, como diz o ditado "Água mole e pedra dura, tanto bate até que fura" e "A esperança é a ultima que morre".
    Confesso que muitas vezes me desespero diante dos problemas, porque vivi apegada a bases que não existem e ainda é um pouco difícil de acreditar que elas não existem. As bases, que eu considerava tão sólidas, são tão efêmeras quanto os ciclos da natureza. As bases, que eu sentia como tão minhas, não são minhas, não são bases... São externas, e este é o erro. Elas só existem na minha mente e agora que tomei consciência disso, aos poucos elas vão deixando de existir. E a este ensinamento devo minhas graças a grande Deusa Pachamama. Gracias Pachamama!
    As vezes a vida vem com certa brutalidade, para bagunçar nossos valores e noções, para nos sensibilizar. Precisamos estar sensíveis para receber ensinamentos, para receber essa energia. Ela é tão sutil que quando encontra nossa brutalidade não consegue passar por ela. A sensibilização dói quando estamos de fato acostumados a sentir de acordo com a densidade de uma pedra. E nestes ultimos dias do ano é que olho para trás e compreendo o papel do elemento fogo que entrou com entusiasmo neste 2014 pra remexer a minha vida, pra fazer o ciclo girar, para transformar. E todos os elementos trabalham em harmonia, a tempestade vêm para trazer mudanças, a água que cai da nascente me purifica, a terra treme e a mãe me traz a paciência, a ventania derruba e a brisa suaviza o calor do fogo. A terra trabalha num ritmo que exige paciência, tem que cuidar da terra, plantar, cuidar, e só então terá a colheita... Os frutos. Esse é o nosso trabalho, esse é nosso amor, e ele reina se dermos a permissão para que assim se faça.

Assim sinto, assim escrevo, de coração aberto.
Um feliz natal antecipado a todos.

AHO!

sábado, 9 de agosto de 2014

O poço que não era da solidão

Porque só uma dimensão se tudo ao redor me mostra várias?
Porque só uma realidade? Porque só um tempo? 
Cai num poço chamado arte e este poço não tinha fundo,
pois então cai no rio e a correnteza me levou
me levou a uma cidade onde tudo era poesia
e o tempo não me impedia de não ter chão
este poço alterou meu fluxo de energia
hoje além de poesia, sou pássaro e sou paixão.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Mais invernos existenciais

Que a primavera faça nascer flores no meu mais intimo, que feche as feridas abertas e reabertas pelo frio, que traga cor aos dias que acostumaram-se as escalas de cinza. Alguns períodos de transição são mais complicados que outros, o inverno é renascer... Ele mal começa e já não vejo a hora de abandonar o casulo. Entendo, por fim, que exteriorizar é vazio sem antes interiorizar. Se a espera pela primavera emocional demora... Porque não fazer flores de gelo?

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Invernos Existenciais

Eu costumava ser uma casa no lago, eu era uma casa... Em dias como estes, eu deveria ser o lago, mas sou a poça d'água. Estou diluída numa poça de emoções que não evapora, eu sou o que restou da tempestade. Mas já choveu, então que opção me resta a não ser penetrar na terra gelada na esperança de um breve florescimento?