quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Incerto

Porque eu sempre tive medo das coisas que não dependiam só de mim, confiar é apostar no incerto. É como jogar caixa surpresa, nunca se sabe o que vai encontrar.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Intensa memória

Sim, eu tenho medo de perder a memória, com o tempo esquecer-se das essências que nos fazem ser quem somos. Talvez escreva-las seja a minha forma de mantê-las vivas, tal como elas realmente aconteceram, pois nossa memória falha, falha e modifica pra que possamos virar a página lembrando de algumas coisas piores ou melhores do que foram de fato. Não quero memórias modificadas, mas sim que permaneça tudo aquilo que é ou foi real. As coisas só são intensas quando acontecem depois são apenas coisas, boas ou ruins, são apenas lembranças e eu as escrevo para que permaneçam intensas, não quero minha vida desfragmentada pelo tempo. Não, não quero minha vida desfragmentada nem depois de morta, quero ser lembrada pela história que irei construir. E se minha vida não for assim tão surpreendente ao menos serei uma intensa memória à aqueles que fizeram parte da minha vida. Algo tão intenso quanto à liberdade, uma história, uma realidade.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Laughing With

Ninguém ri de Deus em um hospital,ninguém ri de Deus em uma guerra.Ninguém está rindo de Deus quando está morrendo de fome, congelando ou muito pobre. Ninguém ri de Deus quando o médico liga depois de alguns exames rotineiros, ninguém está rindo de Deus quando já é muito tarde e é a sua criança que não voltou da festa ainda. Ninguém ri de Deus quando o avião começa a tremer incontrolavelmente, ninguém ri de Deus quando vêem que a pessoa que eles amam está lado a lado com outra pessoa e eles esperam estar enganados, ninguém ri de Deus quando a polícia bate à sua porta e eles dizem: tenho más notícias, senhor. Ninguém está rindo de Deus quando há fome, incêndio ou inundação. Mas Deus pode ser engraçado em um coquetel quando você ouve uma tremenda piada sobre ele ou quando os loucos dizem que ele nos odeia e eles estão com o rosto tão vermelho que você acha que eles vão engasgar. Deus pode ser engraçado quando dizem que ele pode te dar muito dinheiro se você orar do jeito certo e quando ele parece um gênio que faz mágica como o Houdini ou concede desejos como o Grilo Falante e o Papai Noel.Deus pode ser tão hilário! HAHAHAHA Ninguém está rindo de Deus quando perde tudo o que tem e não sabe pra quê. Ninguém ri de Deus no dia em que eles notam que estão vendo a última coisa que vão ver é um par odioso de olhos. Ninguém está rindo de Deus quando dizem "adeus". Ninguém está rindo de Deus, nós todos estamos rindo com Deus.
Regina Spektor - Laughing With

sábado, 20 de novembro de 2010

Êfemero

A arte de viver e mudar, é o que nos faz sonhar. Sabe que em todos os sonhos que falharam eu aprendi uma coisa, a não idealizar como as pessoas devem ser, como devem agir e o que vai acontecer. Como uma defesa para no final não se decepcionar. E quando você não idealiza nada ou as coisas te surpreendem, ou elas simplesmente passam.

Não muda

O amor é o mesmo desde que o mundo é mundo, o que muda é a forma de manifesta-lo. O amor não muda, você muda. Como uma planta que só cresce porque você cultiva, e só morre porque você esqueceu de regar. E no fim reclamar não adianta, certas coisas acontecem porque a gente permite.

Superficial e vazio.

Ando insatisfeita com meu cabelo. Corto, aliso ou enrolo? Não só com cabelo, mas com esmaltes, roupas e hidratantes perfumados. No fundo mesmo toda essa insatisfação é comigo mesma, compro coisas inúteis para preencher um vazio interno que não precisa de novos penteados, esmaltes e hidratantes perfumados. Muitos psicólogos, jornalistas ou filósofos alegam que a solidão é o mal do século, eu concordo. Solidão é estar cercado de amigos, ter uma família linda, uma serie de admiradores e um namorado, mas não ter a si mesma. Solidão é viver dentro de uma sociedade que com o passar dos anos se torna cada vez mais consumista e superficial. Solidão é o que move a Internet hoje, é o único motivo pelo qual os orkuts e twitters se tornam cada vez mais populares. O que é que queremos afinal? Amigos, recados bonitinhos, depoimentos que digam para o resto do mundo como somos legais. Queremos mostrar fotos da viajem pra Disney, mostrar fotos com cinquenta amigos diferentes e com o novo namorado. Queremos que o mundo saiba como somos amados, em busca de admiração apenas isso. Queremos passar uma imagem de estampa ideal, quando na realidade a viajem pra Disney foi financiada em mil vezes, os cinquenta amigos da foto nem lembram que você existe, e as novas paixões se vão a cada semana. Conversamos com os verdinhos no MSN e tentamos “recuperar” amizade com pessoas das quais mal falávamos “Oi” alguns anos atrás. Damos bom-dia no twitter e não damos bom-dia ao vizinho no elevador. Tudo muito fútil, tudo muito virtual, tudo resultado dessa nossa maldita carência, tão maldita quanto essas relações virtuais infundadas. Necessitamos nos encaixar nos padrões atuais de pessoa bem sucedida e amada para ser aceita. Mais pare, olhe! O vazio ainda está lá! Nas tardes de domingo, nos novos penteados, roupas ou cores da moda. Compramos pra preencher um vazio interno, o mesmo vazio que tentamos preencher com amigos virtuais, relacionamentos virtuais, mentiras virtuais, um vazio que não precisa de cores da moda ou hidratantes perfumados. Precisamos parar de varrer as coisas para baixo do tapete e fingir que está tudo certo, já basta. Despistamos nossa carência assistindo um simples programa de televisão ou postando fotos no Orkut. Tudo tão superficial nos tornamos tão efêmeros quanto as cores da moda, e continuaremos assim, mudando de penteado a cada semana.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um brinde às mudanças

Dizem que quando uma mulher corta o cabelo quando quer mudar de vida. Curto ou comprido, claro ou escuro, franja ou não. Seria isso tudo fruto de uma certa indecisão? Não, não. Essas foram as mudanças do correr dos anos. Então, mudaremos os cabelos, um passo representativo ao novo rumo da vida. Seremos mais otimistas a tudo que nos cerca. Um brinde a mais um ano chegando ao final!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Como maçãs em árvores

Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo, os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados. Elas têm de esperar um pouco para o homem certo chegar... aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore. (Machado de Assis)