quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Intensa memória

Sim, eu tenho medo de perder a memória, com o tempo esquecer-se das essências que nos fazem ser quem somos. Talvez escreva-las seja a minha forma de mantê-las vivas, tal como elas realmente aconteceram, pois nossa memória falha, falha e modifica pra que possamos virar a página lembrando de algumas coisas piores ou melhores do que foram de fato. Não quero memórias modificadas, mas sim que permaneça tudo aquilo que é ou foi real. As coisas só são intensas quando acontecem depois são apenas coisas, boas ou ruins, são apenas lembranças e eu as escrevo para que permaneçam intensas, não quero minha vida desfragmentada pelo tempo. Não, não quero minha vida desfragmentada nem depois de morta, quero ser lembrada pela história que irei construir. E se minha vida não for assim tão surpreendente ao menos serei uma intensa memória à aqueles que fizeram parte da minha vida. Algo tão intenso quanto à liberdade, uma história, uma realidade.

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